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AGROTÓXICOS

Como ter uma atitude sustentável, se não levamos em consideração os danos que o processo civilizatório causa no meio ambiente e na sociedade, mais precisamente, naquelas pessoas que vivem em situação de fragilidade.

“Progresso”, palavra usada para simbolizar pujança e que também pode ser utilizada para retratar a “mais valia”, o livre capital, ou mesmo a sua conservação, a sua perpetuação, o seu acúmulo, enfim, o tempo mostra que este termo apenas se transveste de nomenclatura, mas está aí representando a concentração de renda, a perpetuação da aristocrata. Mas muitos setores crêem piamente que seja o resultado da motivação, sem a qual, a estrutura que move o capital não teria, resultado, sobra cada vez mais para os recursos naturais suportar a sobrecarga do “progresso”, dentre eles estão as atividades associadas ao agronegócio.

Mas, vamos voltar ao tema “Agrotóxicos”, qual a sua origem? Como se praticavam as atividades agrícolas antes desse tipo de insumo? Qual o mal em utilizar esse tipo de insumo, já que observamos a expectativa de vida da população aumentar cada vez mais, a cada geração? Haveria alguma técnica, “fora do convencional”, que dispensaria a necessidade do uso de Agrotóxicos?

Bom, para tanto, devemos entender a origem desses insumos e a motivação em usá-los, vejamos.

A Origem dos Agrotóxicos

Acredito que todos os que passaram pelo ensino secundarista devem ter estudado, na disciplina de história acerca das duas grandes guerras que assolaram o continente europeu. A I Guerra Mundial, uma guerra mais franca, mais física, com uso de cavalarias (e, quando eu digo cavalarias, eles utilizavam cavalos mesmo), muita trincheira e combate corpo a corpo. Nesse meio termo, entre 1879 e 1939, estudos químicos laboratoriais encabeçados pelo ganhador do Nobel de química de 1939 o químico Paul Hermann Müller, um cientista suíço, o qual sintetizou o DDT, sigla para dicloro-difenil-tricloroetano, na época, ele descobriu que este composto era um poderoso inseticida.

Enquanto isso, a II Guerra Mundial já começara, mais sangrenta, mais distante, mais tecnologica e, com maior agravo aos civis, governos observaram que o composto de Müller podia ser utilizado para os fins de guerra, como o controle de larvas e insetos para reduzir a malária por exemplo. Observando por essa ótica, poderia até ser positivo, se não fosse algo extremamente cancerígeno, causasse mortandade de peixes e afetasse toda uma cadeia alimentar. Nesse sentido o DDT, fora mais danoso do que benéfico.

Após a segunda guerra mundial o DDT foi amplamente utilizado, em paralelo, as culturas cada vez mais foram se intensificando e massas de monoculturas naturalmente foram se formando, com o passar dos anos, cada vez mais a carga de DDT teve de ser utilizada, já que larvas de demais insetos, gradativamente, criavam resistência ao reagente. E assim, um ciclo maléfico foi início, sem perspectiva de fim.

Como Se Praticavam Atividades Agrícolas Antes Desse Tipo de Insumo

Se dava com a prática de atividade agrícola orgânica, mais precisamente, a biodinâmica, a qual respeitava o tempo de cada cultura, com insumos, naturais, forragens, a cobertura vegetal, a fauna e o uso zero de pesticidas promoviam menos controle de pragas, porém, não haviam grandes massas de monoculturas extensivas, havia descanso para a terra e as grandes culturas visavam o mercado regional e não a expansão global, a qual visa primeiramente o lucro, para depois a alimentação humana.

Qual o Mal Em Utilizar Esse Tipo de Insumo já Que Vemos a Expectativa de Vida da População ao Longo das Gerações só Aumentar

A resposta é simples, acho que você caro leitor, deve ter lido o artigo escrito pela minha colega Jéssica Paes que trata sobre “Agricultura Familiar”, pois bem, antigamente não era diferente, os alimentos proviam de técnicas de agricultura familiar, como hoje em dia, esse tipo de prática é o que garante alimentação mais saudável, mais heterogênea, mais acessível e menos danosa ao meio ambiente, pois quanto menor a carga de inseticidas, menor o dano ao meio e sociedades, pois menor a carga de organoclorados está sendo jogada ao meio, estes insumos contaminam mananciais hidricos superficiais e subterrâneos, tornando inviável o uso desses recursos por séculos.

Ação dos organoclorados no meio ambiente e seres vivos

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