Há cerca de 4,5 bilhões de anos, iniciava-se o primeiro de vários ciclos, um pequeno planeta (terceiro) dentro de um sistema solar jovem, com uma estrela maior, mais brilhante e com mais intensidade em sua emissão de calor, estava em seu começo. Apresentando grande atividade vulcânica, esse pequeno planeta não possuía vida, não possuía, oceanos, sequer uma atmosfera.
Com o passar de centenas, milhões, bilhões de anos após vários eventos catastróficos, intercalados com períodos de calmaria, pudemos observar um dos maiores fenômenos naturais da dinâmica terrestre, a “Deriva Continental”, que nada mais é que a “dança” dos continentes, acho que você já deve ter aprendido na escola sobre antigos continentes que se formavam e se fragmentavam em função das atividades vulcânicas, marcando o fim e o início entre cada Era Geológica. O primeiro super continente foi chamado de Rodinia pelos geo cientistas McMenamin & McMenamin, 1990.
O tempo foi passando, os oceanos gradativamente foram recuando expondo massas de terra, além das atividades vulcânicas, as quais possibilitaram a formação de mais continentes, novos super continentes se formaram e se fragmentaram e assim sucessivamente, até chegarmos à atual configuração.
Mas porque estou ilustrando isso?
A natureza é marcada por dois eventos bem definidos, um deles predominando fenômenos catastróficos e o outro fenômenos infinitesimais (ou de calmaria), neste último, predominam os processos externos (sol, chuva, desertificação, erosão, derretimento dos polos), no primeiro, são processos internos, vulcanismo, tsunamis, terremotos, plutonismo, etc.
Há mais de 65,5 milhões de anos que o planeta não passa por eventos catastróficos generalizados, qual seria a explicação pra um intervalo tão grande de calmaria?
Será que nos identificamos com esse “humor” expresso pela natureza, ora calma, ora explosiva?